quarta-feira, 9 de abril de 2008




As profundas desigualdades na distribuição da riqueza no mundo atingiram actualmente proporções verdadeiramente chocantes.




O número de pobres não pára de crescer e já chega a 307 milhões de pessoas no mundo. Relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) recentemente publicado mostra que nos últimos 30 anos o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 duplicou nos países menos desenvolvidos.
Calcula-se que 815 milhões, em todo o mundo sejam vítimas crónica ou grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.
O flagelo da fome atinge 777 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento, 27 milhões nos países em transição (na ex-União Soviética) e 11 milhões nos países desenvolvidos.



O urubu espera a morte da criança por fome e inanição. A que sonhos essa criança teve direito? Egoístas que somos, sempre estamos atormentados por nossos pequenos problemas e esquecemos que há pessoas que sofrem de verdade.




A CAUSA DA POBREZA, FOME E MISERIA MUNDIAL:




As causas da fome, pobreza e miséria no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:



-As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.



-Diferentes condições de troca entre os vários países: alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.



-Multinacionais: são organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.



-Dívida externa: conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.

terça-feira, 8 de abril de 2008

MISÉRIA E POBREZA sob a concepção da igreja:

Como todas as outras desgraças que se abatem sobre a humanidade, também essas duas só puderam surgir por obra dela própria. Jamais esteve previsto nas determinações de Deus que o ser humano conhecesse privações e penúrias materiais durante sua passagem pela Terra.

Por isso, quem voluntariamente se priva de alimento ou rejeita bens materiais, na ilusão de assim progredir espiritualmente ou mesmo de agradar a Deus, age contra a Vontade Dele, isto é, peca e se sobrecarrega com uma grave culpa. É preciso ser realmente muito arrogante, vaidoso e presunçoso, e também especialmente tolo, para imaginar que o Criador de Todos os Mundos possa interessar-se, ou até alegrar-se, pelo fato de um ser humano não cuidar de seu corpo como deveria. Jejuns piedosos e votos de pobreza nada mais são do que testemunhos de estupidez e vaidade ilimitadas.